sábado, 12 de setembro de 2009

Em busca de ouro, garimpeiros invadem parques e reservas da Amazônia

Fiscalizações recentes flagraram atividade no Pará e Amapá. Um dos garimpos fica ao lado da lendária Serra Pelada.
Rios poluídos com mercúrio, solo remexido, patrimônio nacional retirado sem pagamento de impostos e violência. Esse é o saldo deixado pelos garimpos em parques e reservas da Amazônia.

No final de julho, 15 pessoas foram autuadas por retirar ouro sem autorização de dentro da dentro da Floresta Nacional (Flona) do Amapá. No final de agosto, foi a vez da Floresta Nacional de Carajás, no Pará, quando cinco garimpeiros foram autuados.
Segundo o chefe da Flona, Frederico Martins, essas autuações são frequentes. “Isso ocorre uma vez por mês, em média. São moradores de vilas vizinhas, ou da própria cidade, que ficam acampados”, conta.

A floresta de Carajás fica no leste do Pará, ao lado da mina de Serra Pelada, explorada por milhares de garimpeiros na década de 1980 e considerada o maior garimpo a céu aberto do mundo. 
Água suja
Para o meio ambiente, o principal prejuízo dessa atividade é a poluição da água, que começa com o desvio dos rios e córregos. Depois disso, os garimpeiros jogam um jato de água sobre a terra, para desprender o ouro contido no solo, causando muita lama e assoreando os cursos d’água.
Para separar o ouro de outros minerais, é utilizado o mercúrio, um metal tóxico causador de várias doenças, que contamina os rios. Dependendo da tamanho do garimpo, pode ocorrer até um rebaixamento do lençol freático, prejudicando as nascentes. “Fazemos de tudo para não chegar a esse ponto”, afirma Martins.

Fonte: http://www.globoamazonia.com/Amazonia/0,,MUL1301486-16052,00-EM+BUSCA+DE+OURO+GARIMPEIROS+INVADEM+PARQUES+E+RESERVAS+DA+AMAZONIA.html

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