quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Peru divulga imagens de acampamento abandonado de índios isolados

O governo peruano divulgou imagens de uma missão científica na Amazônia que encontrou um acampamento que teria abrigado cerca de 150 nativos que não têm contato com não-índios.

Segundo informações da agência oficial de notícias Andina (veja vídeo), além das 38 cabanas de palha instaladas numa praia fluvial foram encontrados restos de animais, lanças e cestas.
O achado aconteceu no mês de agosto, em uma área próxima à Reserva Madre de Diós, próximo ao povoado de Monte Salvado, na Amazônia peruana. A região fica no sudeste do Peru, próximo ao Acre, estado brasileiro que também abriga populações isoladas.

Entre os vestígios encontrados havia restos de anta, mutum, conchas, ovos de tartaruga, bananas silvestres, além de urucum, usado como repelente. Outro elemento que chamou a atenção dos pesquisadores, segundo a Agência Andina, foi a presença de restos de fogueiras para preparo de comida.
A busca pelo acampamento aconteceu depois que Teodoro Sebastián, vice-presidente da comunidade de Monte Salvado foi caçar com sua mulher no Rio Lidia e avistou os isolados. Estes deram sinais para que fossem embora.
O presidente do Instituto Nacional de Desenvolvimento dos Povos Indígenas, Amazônicos e Afroperuanos (Indepa), Mayta Cápac, segundo a Andina, disse que se trata de um dos achados mais importantes dos últimos anos, pois confirma que há índios na Amazônia peruana que vivem isolados voluntariamente.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Ibama solta cem jabutis em reserva no Pará

Cem jabutis foram soltos pelo Ibama nesta terça-feira (28) na Floresta Nacional do Tapajós, em Belterra (PA). Os animais haviam sido apreendidos em operações ambientais ou entregues voluntariamente por seus donos ao órgão ambiental. Grande parte dos animais já era adulta, e alguns chegavam a ter 15 anos de idade.
Dos animais soltos, 60 eram da espécie pata vermelha (Chelonoidis carbonária) e 40 da espécie pata amarela (Chelonoidis enticulata). Antes de serem soltos, os bichos passaram um tempo no zoológico das Faculdades Integradas do Tapajós (Zoofit), onde tiveram que reaprender a viverem soltos na natureza.
Segundo o Ibama, muitas pessoas que criam jabutis acabam abandonando os animais. Vários dos bichos soltos em Belterra haviam sido encontrados na beira de estradas.

Fonte: http://www.globoamazonia.com/Amazonia/0,,MUL1247063-16052,00-IBAMA+SOLTA+CEM+JABUTIS+EM+RESERVA+NO+PARA.html

sábado, 12 de setembro de 2009

Em busca de ouro, garimpeiros invadem parques e reservas da Amazônia

Fiscalizações recentes flagraram atividade no Pará e Amapá. Um dos garimpos fica ao lado da lendária Serra Pelada.
Rios poluídos com mercúrio, solo remexido, patrimônio nacional retirado sem pagamento de impostos e violência. Esse é o saldo deixado pelos garimpos em parques e reservas da Amazônia.

No final de julho, 15 pessoas foram autuadas por retirar ouro sem autorização de dentro da dentro da Floresta Nacional (Flona) do Amapá. No final de agosto, foi a vez da Floresta Nacional de Carajás, no Pará, quando cinco garimpeiros foram autuados.
Segundo o chefe da Flona, Frederico Martins, essas autuações são frequentes. “Isso ocorre uma vez por mês, em média. São moradores de vilas vizinhas, ou da própria cidade, que ficam acampados”, conta.

A floresta de Carajás fica no leste do Pará, ao lado da mina de Serra Pelada, explorada por milhares de garimpeiros na década de 1980 e considerada o maior garimpo a céu aberto do mundo. 
Água suja
Para o meio ambiente, o principal prejuízo dessa atividade é a poluição da água, que começa com o desvio dos rios e córregos. Depois disso, os garimpeiros jogam um jato de água sobre a terra, para desprender o ouro contido no solo, causando muita lama e assoreando os cursos d’água.
Para separar o ouro de outros minerais, é utilizado o mercúrio, um metal tóxico causador de várias doenças, que contamina os rios. Dependendo da tamanho do garimpo, pode ocorrer até um rebaixamento do lençol freático, prejudicando as nascentes. “Fazemos de tudo para não chegar a esse ponto”, afirma Martins.

Fonte: http://www.globoamazonia.com/Amazonia/0,,MUL1301486-16052,00-EM+BUSCA+DE+OURO+GARIMPEIROS+INVADEM+PARQUES+E+RESERVAS+DA+AMAZONIA.html

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Doenças causadas pela poluição geram gasto de R$ 14 por segundo, diz estudo

Da Agência Estado
Em São Paulo

Os custos da poluição, pela primeira vez, foram mapeados fora das fronteiras de São Paulo. Estudo obtido pelo jornal O Estado de S. Paulo mostra que são R$ 14 gastos por segundo (R$ 459,2 milhões anuais) para tratar sequelas respiratórias e cardiovasculares de vítimas do excesso de partícula fina - poluente da fumaça do óleo diesel. O valor é dispensado por unidades de saúde públicas e privadas de seis regiões metropolitanas do país.

A mesma pesquisa, produzida pelo Laboratório de Poluição da USP e seis universidades federais, mostra que, além dos paulistas, respiram ar reprovado pelos padrões da Organização Mundial da Saúde (OMS) as regiões do Rio, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba e Recife. "A poluição não é mais privilégio de São Paulo e os impactos são diretos na saúde cardiovascular do brasileiro", diz Antônio Carlos Chagas, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Pelo ensaio científico, 8.169 pessoas são internadas anualmente com problemas cardíacos atribuídos à partícula fina.

As pesquisas em São Paulo incentivaram a produção em outras metrópoles. O cardiologista Evandro Mesquita, da Universidade Federal Fluminense, começou a cruzar os dados de arritmia e enfarte em dias marcados pelo excesso de poluentes. Quando o Instituto do Coração de SP (Incor) fez teste parecido no ano passado, encontrou aumento de 11% de morte por ocorrência cardíaca. No Rio, a pesquisa da USP mostra que são 1.434 pacientes do coração internados por ano.

A reportagem teve acesso ao estudo na ação civil pública que o Ministério Público de São Paulo move contra a Petrobras e 13 montadoras de veículos pedindo indenização para vítimas da poluição. Segundo o promotor do Meio Ambiente do MP, José Isamel Lutti, o valor indenizatório terá "como parâmetro" a pesquisa. Além das internações, também foram calculadas as mortes nas regiões: 11.559 pessoas com mais de 40 anos (31 vidas por dia). A Petrobrás, por meio de assessoria de imprensa, informou que não foi notificada sobre a ação, ajuizada em março deste ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultnot/estado/2009/05/21/ult4513u2397.jhtm

Clean Up Day - Bahia 2009

No dia 19 de Setembro, acontecerá na Bahia e em mais de 80 países a Campanha do Dia Mundial de Limpeza das Praias.
O evento ocorrerá das 9 ás 17 no Porto da Barra e contará com a participação do Instituto RAM de Reeducação Ambiental, da Biota Aquática, Greenpeace, LIBA e Sea Shepherd.
Serão mais de 400 mil voluntários no mundo todo, e esta é a quinta vez que o estado da Bahia participa do evento. Desde o começo de agosto, nas escolas e universidades de Salvador, tem acontecidos palestras ministradas pelos institutos envolvidos.
Fonte e mais informações:
http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=48107

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Carros terão de poluir menos a partir de 2014

Carros novos de passeio e de passageiros terão de sair das fábricas emitindo 33% menos poluentes, em média, a partir de janeiro de 2013, no caso dos veículos movidos a diesel (caso dos utilitários, como Picape S10 e Ford Ranger), ou de janeiro de 2014, no caso dos que são movidos a gasolina e álcool.
A nova fase do Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores) foi aprovada nesta quarta-feira pelo Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente). No entanto, os padrões que o país terá em pouco mais de três ou quatro anos estão defasados em relação aos que já vigoram atualmente na Europa e nos Estados Unidos.

O corte nas emissões do monóxido de carbono, no caso dos veículos que pesam até 1.700 kg, será de 35% (passará dos atuais 2 g/km para 1,3 g/km). Os veículos de maior peso passarão dos atuais 2,7 g/km para 2 g/km (queda de 26%).
A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) afirmou que os novos limites e prazos serão cumpridos.



Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u618790.shtml

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Para estudar queimadas, pesquisadores incendeiam floresta em MT

Experiência acontece anualmente em fazenda em Canarana.
Conhecendo características do fogo, é mais fácil prever áreas de risco.

A mistura de óleo diesel com querosene faz a floresta arder em chamas. Durante quatro dias, um grupo de pessoas trabalhou duro em Canarana, em Mato Grosso, para fazer um pedaço da Amazônia queimar. Mas não se tratam de devastadores: pelo contrário, são cientistas que querem entender melhor como o fogo se comporta na floresta.

Para isso, eles mantêm três campos com 50 hectares de mata. Um deles é queimado a cada três anos, o segundo é incendiado anualmente, e o terceiro é conservado para servir de comparação. As áreas se localizam dentro da Fazenda Tanguro, do grupo André Maggi, que pertence à família do governador matogrossense.

“Um time coloca fogo e o outro vai fazendo medições”, explica Paulo Brando, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), que conduz os trabalhos no local em parceria com o Woods Hole Research Center, dos EUA.

REPORTAGEM: www.g1.com.br

Greenpeace divulga arte em campo de arroz para protestar contra transgênicos

O Greenpeace divulgou nesta quarta-feira (2) fotos de um campo de arroz na Tailândia cultivado de forma orgânica por voluntários e agricultores locais. A divulgação das fotos tem como objetivo chamar a atenção dos governos asiáticos para as "ameaças da engenharia genética e da mudança climática".

O campo ocupa uma área de 16 mil metros quadrados, na qual foi feito um desenho de camponeses colhendo o arroz. Segundo a entidade, a "Rice Art" ("arte de arroz", em português) foi criada nas planícies centrais da Tailândia, "reconhecida como uma das regiões mais férteis do Sudeste Asiático para a produção de arroz". O desenho foi feito usando duas variedades de arroz orgânico de cores diferentes.

A proposta do Greenpeace para a agricultura do Sudeste Asiático é que os governos proíbam sementes transgênicas, principalmente as do arroz. A região produziu cerca de 25% do arroz no mundo em 2008, segundo estimativa da entidade.

Para a ONG (organização não-governamental), as corporações que detêm as patentes das sementes transgênicas estimulam a monocultura, o que poderia potencializar os efeitos do aquecimento global na região, colocando em risco o cultivo tradicional do cereal na Tailândia, na Indonésia e nas Filipinas.

Veja fotos: http://noticias.uol.com.br/album/090902greenpeace_album.jhtm#fotoNav=1